A cólica menstrual é um incômodo muito chato para as mulheres, principalmente as que são mais sensíveis a dor. Imagina ter cólicas intensas no período menstrual e até fora dele? Pois é. Muitas mulheres sofrem com dores fortes e menstruação desregulada e às vezes não sabem o motivo. Um simples remédio não alivia o incômodo e acaba se tornando um sofrimento enorme. Isso pode ser sinal de Endometriose. Você sabe o que é?
A Endometriose ocorre quando o endométrio, canal que reveste o útero, libera células para dentro da cavidade uterina, ao invés de eliminar na menstruação. Entenda como acontece: o endométrio cresce para receber o óvulo. Quando o óvulo não é fecundado, ocorre a ovulação, ou seja, a menstruação, a camada é liberada para fora do corpo.
Nesse momento, pode acontecer de algumas células tomarem outro caminho e migrarem para a tuba que leva ao ovário, fazendo o percurso contrário e carregando o sangue para dentro da cavidade. Essas células podem cair na cavidade abdominal e se alojar em outros tecidos, como ovário, intestino, reto, bexiga, peritônio. Daí surge a endometriose. Esse acúmulo de células em locais que não deveriam estar é que faz com que as dores sejam intensas.
Como essas células são do próprio organismo, elas não são rejeitadas. Então, pode acontecer delas obstruírem a passagem do óvulo pelas trompas, dificultando a fertilidade. De acordo com a Dr. Mariana Xavier, Ginecologista e Obstetra da Santa Casa de Barra Mansa, “50% das mulheres inférteis tem a endometriose como uma das principais causas”. Além disso, mulheres com endometriose correm um maior risco de desenvolver câncer de ovário.
Os sinais e sintomas mais comuns da endometriose são:
Ter histórico familiar, menstruação precoce, nunca ter filho, ciclos menstruais frequentes, menstruações longas (mais de 7 dias), pessoas com má formação do útero, estresse e má alimentação estão entre alguns principais fatores de risco da doença.
Nem sempre é possível evitar o surgimento da endometriose. Porém, alguns hábitos podem diminuir o risco da doença, como: evitar o estresse frequente e aumentar o consumo de alimentos ricos em ômega-3, como o salmão e o óleo de linhaça.
A doença não é fácil de ser detectada. É preciso muita atenção e observação com a regularidade da menstruação e as cólicas muito fortes. O diagnóstico pode ser feito por meio do exame pélvico, ultrassonografia, ressonância magnética e laparoscopia. Somente a ultrassonografia não consegue realizar o diagnóstico preciso. A melhor forma de descoberta da doença é por meio da ressonância magnética. A laparoscopia é como uma pequena cirurgia, onde os focos são detectados e cauterizados. Ela é realizada em estágios mais avançados. Em outros casos, considerados mais graves, é indicada a histerectomia, ou seja, a retirada do útero.
A endometriose, quando diagnosticada no início, tem chance de cura. Porém, se ela for descoberta em um estágio mais avançado, o que pode ser feito é o controle, para que ela não evolua e as dores diminuam. Existem métodos que podem reduzir a incidência da endometriose, como, por exemplo, o uso de anticoncepcionais. Embora não tenham sido criados para este fim, eles ajudam na diminuição das dores da cólica. A atividade física auxilia na liberação de substâncias que também aliviam a dor.
Se forem identificados os sinais, procure um médico. O diagnóstico precoce ajuda a reduzir a incidência e progressão da doença.
Texto: Maele FuentesDireção de arte: Otávio HenriqueFonte: Dr. Mariana Gonçalves Xavier, Ginecologista e Obstetra da Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa / Revista Saúde / Portal Dráuzio Varella
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